terça-feira, 23 de novembro de 2010

As famílias estão em risco!

Hoje, mais do que nunca, o conceito de Família está em mutação. No entanto, esta ainda é o melhor “porto de abrigo” que conhecemos, especialmente no que concerne às crianças.
O contexto familiar é o melhor lugar de residência possível, incluindo alguns casos de famílias com graves problemas. Muitas são as razões que vão ao encontro da permanência das crianças no seio da família, já que numerosos estudos indicam que nenhum centro alternativo ou instituição, gera tantos estímulos e relações como as que se produzem no seio da família.   
É na rede familiar que se encontram as respostas às dificuldades crescentes que a vida acarreta.
O Bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, lançou, num encontro com a Associação Comercial do Distrito de Viseu, o alerta: «A família que começa a ser totalmente desestruturada, que praticamente não tem horas de conversa, não tem horas de lazer, para a cultura (…)». Partilhamos a preocupação do senhor Bispo e estamos certos de que urge a mudança de paradigma.        
Actualmente, o apelo ao consumo é fortíssimo e funciona como uma injecção de factores de risco nas famílias. O endividamento tem aqui mais um aliado de peso. A negligência, em relação às crianças, «A maior problemática em termos sociais, no distrito de Viseu» (Afirmação da Secretária Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, após reunião com as Comissões de Protecção de Crianças e Jovens no Governo Civil), poderá também crescer, assim como se multiplicarão os casos de famílias multiproblemáticas.  

A Concelhia de Viseu do CDS PP está preocupada com estas questões e chama a atenção para a importância da família, como um dos alicerces nucleares de uma sociedade mais solidária, mais justa e mais equilibrada. Preocupa-nos sobremaneira o futuro das famílias portuguesas. O caminho a trilhar é o do corte nos abonos de família, nos apoios sociais e no tempo para a família se encontrar consigo própria? Não nos parece!    
Muitas crianças passam pouco tempo com os progenitores, fruto das suas vidas profissionais e dos horários cada vez mais «inflexíveis» e desencontrados, especialmente quando há turnos a cumprir. É louvável o trabalho executado pela Escola e pelas IPSS no que concerne à educação das crianças e jovens. Mas, deverão estas instituições substituir totalmente os pais na tarefa de educar? Não nos parece! 
Infelizmente, as políticas levadas a cabo nos últimos anos estão a contribuir, em larga escala, para a destruição das famílias e consequentemente para a hipoteca do futuro das crianças do nosso país.        

1 comentário:

  1. EsEsta é sem sombra de dúvida uma questão de fundo, de relevante importância para a sociedade de hoje. Continuamos a valorizar mais o material do que o pessoal ou social. É tempo de tomarmos consciência que o futuro, não é só e apenas questões monetárias, é necessário darmos tempo à formação da família, enquanto espaço de riqueza fundamental de uma sociedade estruturada.
    São necessárias assim, medidas de incentivo à natalidade, à habitação familiar e aos benefícios fiscais, desmotivando deste modo a criação da família monoparental ou por casais do mesmo sexo (sem bases para formação cívica/social para os jovens e criança).
    Não podemos fazer o futuro sem olhar para o que aprendemos durante séculos de história. As novas teorias dos sociólogos ou estudos científicos, apenas estão a contribuir para uma desvalorização da estrutura base do Ser Humano, o seio familiar enquanto mecanismo de formação pessoal das novas gerações. Exemplo disto, são as novas tendências das camadas jovens para a falta de respeito pelo outro, os meios degradantes da droga, os índices de criminalidade e desrespeito pela autoridade, a violência escolar, a falta de formação pessoal para o mercado de trabalho, etc.…

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